Olá pessoal,
Eu costumo dizer que cozinhar não é nenhum mistério. Você mistura algumas coisas, pega uma receita aqui, outra acolá usa a licença poética e come. Mas acontece que nem sempre a tal da licença poética dá certo. Ih a Danee enlouqueceu. Nada disso, ainda não. Eu explico.
No ano de 1800 e vovó virgem quando morava em Salvador. Aqui merece um parêntese, sem parêntese. Se você me conhece pessoalmente e já ouviu a minha voz de taquara rachada, você notou um resquício (nem tão resquício) de sotaque nordestino, vem do período em que morei em Salvador de 1997 a 1999 (pois é, até hoje não perdi o infeliz). Sou carioca e nasci no bairro em que resido atualmente. Será que o meu destino foi traçado na maternidade? A louca! Voltando a tal da licença poética assistindo a uma aula de Português em Salvador a professora usou esse termo e explicou que os poetas o usavam muito. Era como se eles escrevessem "errado", mas esse erro no fim não prejudicava a obra final. Me corrijam Musa, Nat e/ou Mayra se eu estiver errada. Então é isso que eu faço na cozinha (oh pessoa modesta). Pego uma receita aqui, uma ideia ali, olho a geladeira e me jogo. Normalmente dá certo, mas tem vezes que não fica nenhuma "Brastemp". Viu Nat? Nem sempre acerto.
Pela manhã coloquei o peixe pra descongelar, mas não queria fazer do jeito que ensinei aqui e sempre faço. Tava afim de comer peixe à dorê. Aqui em casa não faço fritura, cozinha americana e branca não rola. Então empanei o peixe, cobri um tabuleiro com papel manteiga para culinária e forno. Quando o Mendel chegou eu estava travando uma batalha épica pra desgrudar o peixe do papel e virá-lo.
Enfim, não ia jogar comida fora e encaramos o peixe. O gosto estava bom, bem temperadinho e tudo. Mas tenho que confessar. Eu nunca imaginei que seria possível solar um peixe. Eu consegui essa proeza. Ainda não desisti desse peixe não e seguirei insistindo até fazer um peixe à dorê decente.
Obs: A fome literalmente é o melhor tempero. Mendel comeu e achou delicioso. Também o dia foi tão corrido que ele nem conseguiu almoçar, passou o dia com biscoitinhos. Qualquer coisa que viesse era lucro. Hahahahahahahahahahhhahha
5 comentários on "Licença poética."
Amiga, orgulho de você! Não me arrisco tanto na cozinha pq sou preguiçosa mesmo! Apesar de gostar de cozinhar! hehhehe
Mas eu também sou assim, pego um pouco de cada coisa e me jogo. Raramente sigo uma receita a risco, faço quase tudo no olho! Menos bolo, né? heheh
bjus
Flor, detesto peixe...rs! Mas não desista, tentar bastante acabará te levando a perfeição...rs!!
Beijos!!
Lembrei de vc!
http://m.flickr.com/#/photos/parambolica/5531064800/
Pq vc disse que nao podia ler à noite...
Olha, nunca pensei em peixe empanado e assado. Talvez se vc empanar com uma farinha mais grossa (tipo aquela de nuggets, sabe?) possa funcionar. E pode também colocar um cadinho de azeite (molha um guardanapo com umas gotinhas de azeite e unta a forma ou mesmo o papel).
Beijos!
Ficou delicioso!!!
Também aconteceu comigo, só que com frango. A casquinha grudou toda, acabei tirando-a. =D
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